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sábado, 6 de novembro de 2010

[Poema] Sonho...


Sonho...

Existe um perpétuo sonho em mim,
Um sonho que nunca termina,
Um sonho de que não procuro fim
Que tudo de todos em si confina
Como se, nesta vida, simplesmente,
Tudo fosse ficção, tudo fosse irreal,
Como que, estranha e estupidamente,
Me sentisse diferente, fosse ser imortal.

Morri como quem morre, ressuscitei,
O sonho continua mesmo em mim,
Um sonho que sempre conservarei
De ser tudo, de deixar de ser assim,
Lutar como quem luta, inexperiente,
Uma luta que dura para toda uma vida,
Lutar como quem sofre e sente
O som de cada própria batida.

Amei, esqueci e voltei a amar
Sem saber, de amor, o significado,
Chorei, sorri e voltei a chorar
Sem nunca mudar o meu estado,
Fui um bebé neste meu trilho,
Um adulto no trilho que sonhei,
Cuidei do sonho como um filho
Um filho que nunca criei.

Mas, sem sonhos, eu que seria?!
Seria alguém sem trilho, perdido,
Perdido numa qualquer ideologia,
Uma ideologia rasca sem sentido
Sentido em que nunca teria pensado,
Seria alguém sem ser ninguém,
Seria ninguém sem nunca ser amado,
Seria a pessoa que, a mim, não convém.

Se calhar sou mesmo essa pessoa,
Uma pessoa que sonha poder sonhar,
À deriva numa qualquer escrita à toa
Sem o meritório trabalho de pensar,
Alguém moldado pela sociedade
À medida da repugnância, alguém inútil,
Alguém sem uma própria verdade,
Mais um com pensamento fútil.

1 comentário:

Anónimo disse...

:o acho q foi o melhor q li ate' hoje...

amei! Parabens...

Bjinho vsf*