Apresentacão de uma pretensão de vida

Apresentação própria!! Clica e conhece-me!!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

[Poema] Instabilidade do amor


Amor

Cruel sentimento,
Que por tão belo poder ser,
Como um complexo intento,
Tanto me faz sofrer,
Sentimento inexplicável
Que me leva ao céu e ao fundo,
Pensamento implacável
Que nem a ti eu escondo.


Poderia dizer que o amor é acompanhante da loucura, que o amor não passa de uma miragem, um sentimento forte aliado a uma vontade enorme de sentir ainda mais, que o amor é uma luta contra todos os princípios da lógica, que o amor é fruto da irracionalidade inerente a alguém possuidor de uma enorme falta de ideologias lógicas mas, se assim é, porque se diz que um poeta é um ser de vários amores, um ser que acredita que todos os seus amores por si só o completam mas que não se sente sentimentalmente realizado com um infinito número de sentimentos a que chama de amores?

Não me considero poeta mas, nenhum dos vários sentimentos que possuí e a que chamei individualmente de amor me completarem, como posso saber quando aparecerá um verdadeiro amor?
Talvez não apenas os poetas sejam pessoas de vários amores, mas sim todas as pessoas que não se contentam com nada mais que o infinito, todas as pessoas que procuram sempre mais, que não se acomodam à primeira ou segunda melhoria, ao primeiro ou segundo amor, pois é assim que me vejo e vejo-me apenas como uma pessoa que não se contentará com nenhum amor que apareça.

Apesar disso sou um ser que não se cansa de tentar, e de valorizar cada momento que passa, com a escrita de mais e mais ditos que marcam nada mais que um momento, ditos onde a eternidade pode estar presente mas apenas com uma conotação momentânea, a mesma conotação que tem cada momento, a conotação de que nunca será apagado de minha memória mas desaparecerá de minha cabeça e coração.


Quem como a ti...

Tu, em minha cabeça
Sempre presente,
Não esperes que te esqueça
Pois meu amor evidente
Não me permite esquecimento,
Cada beijo que te dou
Me serve de enriquecimento,
Diz isto quem como a ti nunca amou.

Meus pensamentos
A ti limitados,
Meus sentimentos
Não por mim inventados,
Sei que devo agradecer
A quem a ti inventou
Pois só tu dás razão a meu ser,
Diz isto quem como a ti nunca amou.

Contigo quero estar,
Tua companhia sinto necessitar,
Minha vontade é de te beijar,
Minha realidade é de te amar
E, só minha esperança era de te namorar,
Diz isto quem sua vontade encontrou,
Diz isto quem só em ti consegue pensar,
Diz isto quem como a ti nunca amou.

sábado, 14 de agosto de 2010

[Poema] Tempo...


Tão insólito é olhar o tempo com olhos de ver, tão insólito ver o ponteiro do relógio a andar sempre à mesma velocidade e no entanto tão difícil que o tempo corra de forma semelhante em momentos diferentes, talvez o significado dos momentos tenha influência no tempo, talvez cada pessoa tenha um tempo próprio, talvez, quando não estamos a olhar, os ponteiros do relógio mudem de velocidade...

O Tempo em Ti…

O tempo é tão relativo!
Uma hora pode demorar segundos
E nesse tempo significativo
Posso conhecer imensos mundos,
Mas um minuto pode ser eterno
Tal como o segundo em que te vi,
Um dia pode ser um inferno,
Mas, em breves minutos te descrevi,
Não com essa imensa perfeição
Que te tenho, desde sempre, associada,
Mas foi aí que, em meu coração,
Tua linda figura ficou gravada
Com tamanha excentricidade
Que nunca mais será apagada,
Essa tua imagem de beldade
Será sempre, por mim, relembrada.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

[Poema] Soldado


Porque na guerra dos sentimentos, as baixas são incontáveis, porque muitas são as amizades que se perdem, muitas as que nunca se encontram, muitos os traumas de quem não tem culpa e muito poucas as vitórias que podemos anunciar para a eternidade.

Porquê uma luta tão inglória quando tudo poderia ser tão fácil??

Diário de um soldado morto...

Perdido num panorama de medo
Perdido numa pretensa luta
Como diário de um soldado
Arrasta as esperanças
Desses que combatem a seu lado
Numa luta inexplicada
Que dura mais que o tempo
E da qual nunca verá o fim
Esse soldado moribundo
Que morreu numa luta que não era dele
Ele fez tudo, morreu
Morreu e leva consigo tudo o que tinha
Memórias e sentimentos de alguem
Que se deixou partir
Numa decisão não própria
De construir uma guerra
Como esta sem fim.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

[Poema] Vida/Droga


Vida como droga
Alucina, mata
Efémera me afoga
Como água na mata
Ciclo de vida e música
Grito de luta num som,
Na memória sempre fica,
Como este momento é bom.

Droga como vida
Surpreende, chama
Festa que convida
A quem viver ama
Sonoridade bizarra
Ambiente que espera
Droga passa, agarra
É alegria que se esmera.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

"Prodigy: O inferno mais desejado" em Paredes de Coura


Desceu o pano sobre Paredes de Coura 2010 e logo com o espectáculo mais desejado pela multidão. Os Prodigy não desiludiram quem deles esperava nada menos do que o delírio, protagonizando inúmeros momentos de desmedida euforia.

Se os Specials nos prometeram o céu na terra, com um ska apaziguador e reconfortante, os Prodigy trouxeram um concerto infernal, que salta directamente sem pedir permissão para a galeria dos momentos altos do festival.

Com Maxim – que passou o concerto todo julgando-se encontrar... no Porto – e Keith Flint no comando das operações, a aeróbica techno dos britânicos ateou a desordem através de matraqueantes frases de ordem mas sobretudo graças às ferozes batidas expelidas pelo artefacto sonoro que os acompanhava.

O ainda recente “Invaders must die” e o sempre obrigatório “The fat of the land” foram revisitados em rotação máxima num espectáculo que manteve a energia ao longo de 75 minutos sem dar sinais de desfalecimento.


Que encerramento mais empolgante se pedia pedir?