Apresentacão de uma pretensão de vida

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sábado, 19 de abril de 2014

[Pensamento] Perder para o "presente"...



As pessoas dão valor ao "tinham" em vez do "têm", mas "tinham" torna-se "passado", e depois de "passado", não existe mais "têm".

"Passado" torna tudo mais importante, mais entusiasmante, "passado" traz o melhor, "passado" abre os olhos e ensina (ensina o que nos recusamos aprender), "passado" revela as perdas e esconde os "ganhos" que "presente" tanto quis sublinhar.

"Presente" é atroz, mostra apenas o que queremos ver, "presente" mostra uma realidade diferente de valores "trocados", "presente" cega e nega o "passado". 

Curioso que presente seja também associado à ilusão de uma oferta desconhecida e escondida por "lacinhos e papéis brilhantes" que rapidamente perde o seu valor.

É aí que uma pessoa percebe que no "passado", aquando daquele "presente", o presente era o menos importante, no "passado", aquando daquele "presente", havia algo sem ilusões, algo verdadeiro que naquela oferta se "desembrulhou" mais um pouco, algo que se dispôs a "oferecer-se", algo a que o "presente" não permitiu valorizar mas que o passado revela, mas o "passado" é o "tinha" e não há mais "presente".

Que o "passado" nunca mais perca para o "presente".
Que eu nunca mais perca nada para o "passado".

domingo, 6 de abril de 2014

[Pensamento] Eterno é pouco...

Há sentimentos, vivências e convivências, hábitos, sorrisos e lágrimas, luta diária, apoio mútuo e incondicional, protecção, esforço e trabalho, sacrificios colossais, há felicidade.

Há coisas eternas e - *PUFF* - morreram.

Há fins que não dá para aceitar, sonhos de que não se podia desistir, planos que não se podiam destruir, promessas que não se podiam romper.

Éramos eternos, éramos uma vida e - *PUFF* - somos nada.

Uma vida de cumplicidade e amizade, tanto tempo para construir algo (afinal supostamente) tão especial e forte, tanto esforço e sacrificio, tanto tudo na troca de promessas, de planos, de sonhos, que se ficou por isso mesmo, promessas, planos, sonhos, promessas que ficam por cumprir, planos deixados ao abandono, sonhos destruidos em noites sem sono.

Percebi que "na hora da verdade" sentimentos valem o que valem, que as acções que fazemos tem o valor que tem e não que deveriam ter, que sem uma justificação, sem um motivo tudo, e eras TUDO, vai para o lixo.

Como se demora tanto tempo a construir o que se destrói em segundos?

sexta-feira, 28 de março de 2014

[Poema] Olhar a noite...


Olhar a noite, como que morta, calma,
Entre a luz das estrelas, a escuridão,
Voam os pensamentos para longe da alma,
Escapam-me e vagueiam nesta imensidão,
Abandonam-me os sentidos para sentir,
Sentir a noite, sentir esta solidão,
Sentir as dúvidas, a certeza a fugir,
Baixou a noite no meu coração.

Olhar a noite, sozinha, inexpressiva,
Entre melodias da noite, o seu lamento,
Lamento que exulta a mente e a mantém viva,
Viva com a morte de um sincero sentimento,
Viva com os sonhos e promessas, memórias,
Memórias que alimentam este sofrimento,
Páro, na minha cabeça mil histórias,
Delas, nem um única ensinamento.

Olhar a noite, e não conseguir mais deslindar.
Onde acaba a sua vida? Onde vale a pena amar?

terça-feira, 29 de novembro de 2011

"Amor", um dia mandaste o sofrimento na tentativa de me matar, falhaste, mandaste as saudades na tentativa de me enfraquecer, falhaste, escondeste-me a auto-estima na tentativa de me envenenar, falhaste, e agora, agora eu amo ainda mais.

Talvez um dia devesses ter-me tirado o coração pois agora sou eu que uso e abuso de ti caro sentimento.

sábado, 22 de outubro de 2011

[Poema] Adeus inspiração...

O pensador que viveu de poemas
Desistiu desta sua sátira morta
Entre opiniões, dúvidas e lemas
A inspiração deixou de bater nesta porta
Não percebi o porquê de assim ser
Mas é algo que não posso contrariar
Não é por isso que vou morrer
E muito menos por isso deixar de amar.

Escrever foi a luta da sua vida,
Não morreu mas desistiu de viver
Por uma falta isolada e sentida
De algo que fugiu sem se perceber
Algo que talvez não volte novamente
Uma inspiração que o banhou
De forma vivida intensamente
Entre as vezes que sorriu e as muitas que chorou.