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domingo, 6 de fevereiro de 2011

[Poema] Morte do pensador... FIM


Como quem espera
Por um comboio
De sorriso sincero
Nesta moda de saloio,
O pensador sente,
Sente, como quem espera
Por uma ideia da mente
Enquanto a alma se esmera.

Como quem se aborrece
Com esta cena antiga
Num teatro que merece
Que esta espera prossiga,
Viveu assim o pensador
Que escrevia por sentir
Á espera deste amor
Na procura de sorrir.

Morreu o pensador
Mas não a inspiração
De quem vive o amor
Com esta sua convicção,
Como sentimentalista,
Viveu o quanto podia
Nesta escrita comodista
De quem também sofria.

Agora é o fim,
O fim do pensador
Que vivera assim,
Na procura deste amor,
Morreu em seus ditos
De quem intensamente chorava
Na crença de não serem mitos
Os sentimentos que sonhava.

Atingiu a felicidade, felicidade que até pode não ser eterna, eterna como é este sentimento, sentimento fruto de sonhos, sonhos que produziu com o tempo, tempo encharcado em lágrimas, lágrimas de quem sentia ser merecedor de mais, mais do que o passado, passado frio e obscuro embebido em demasiados erros, erros de quem vive como o pensador viveu, viveu enquanto chorava e sonhava que tudo podia ser melhor, melhor do que era.

Deixou de ter sentido a sua existência quando atingido este amor, amor à muito tempo esperado, esperado até ao quase esgotar das forças.

Agora resta-lhe descansar na sua morte e esperar não regressar ao terceiro dia ou a qualquer dia que seja pois, o seu regresso corresponderia ao fim desta felicidade.

Morreu o pensador que vivia do sofrimento.

FIM