Apresentacão de uma pretensão de vida

Apresentação própria!! Clica e conhece-me!!

sábado, 20 de novembro de 2010

[Pensamento] Vida...


Vida é o passar dos dias, o passar das horas, dos minutos, dos segundos. Mas todos os momentos passados, após passarem, são mortos, meras recordação e como mortos não são vida.

Vida é o que somos, pensamos, sentimos. Mas tudo o que deixamos de ser, pensar ou sentir está morto, e como tal não é vida.

Vida é o hoje, o agora, vida é o que sinto, vida é o que penso, como agora ao escrever este texto e, nesse agora, este texto é a minha vida.


Por isso tudo, vivo por um segundo...


"Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver."


Jean de La Bruyère

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

[Poema] Viagem da vida


A criação…
Nascidos de qualquer alguém
Alguém que desconhecemos
Sem antes sermos ninguém
Será apartir daqui que crescemos
Seremos o que quisermos
E o que a sociedade quer que sejamos
E façamos o que fizermos
Essa sociedade não mudamos…

A mudança…
Exigida pelo passar dos tempos
A mudança eis que surge
Neste caminho entre campos
A alteração à pessoa que somos urge
É aqui que criamos o que seremos
A fase das dúvidas e decisões
Pensando no que realmente queremos
Se insultos perigosos ou verdadeiras ovações.

A realização…
A fase que todos procuramos
Por ser geradora da felicidade
A fase que poucos encontramos
Tão grande e dolorosa é a dificuldade
É nesta fase que agradecemos o que somos
Que todas as decisões fazem sentido
É aqui que percebemos o que fomos
Em todo o tempo já vivido.

A terminação…
Inexplicada, atroz, no momento da calma
Leva-nos e apaga-nos do que temos, de tudo
Conserva supostamente nossa alma
Deixando-a sem qualquer escudo
Choros, gritos, festejos e recordações
Serão o que sentiremos possivelmente
Mas se nos guardarem em seus corações
Tudo valeu a pena, seremos grandes realmente.

sábado, 6 de novembro de 2010

[Pensamento] Nada...

Tentei escrever, estranha sensação que sentia, peguei numa caneta que não existia para escrever num papel que não possuía, pousado numa mesa que nunca tinha visto, desejava escrever a vida, num dicionário que não tinha procurei palavras que não conhecia mas, em branco, o dicionário nada me dizia, tentei falar com alguém que nunca nasceu e, esse alguém, não me respondeu.

Discuti com o meu ego algo que nunca havia discutido, discuti o nada, o nada que procurei, o nada que encontrei, o nada que via, exactamente o nada que escrevia.

Uma discussão de que o resultado foi o mesmo nada de tudo o que falava.

-Que se passaria comigo? Que sensação era aquela?

Passava-se que a minha inspiração era nada. A sensação que eu tinha de que tudo era nada e de que nada era alguma coisa deram fruto a uma inspiração que nunca existiu.

-Mas, que estou eu a escrever? O mesmo nada que escrevo sempre, com o mesmo nada de significado para ninguém de tudo o resto que escrevo, e escrevo pois para mim ainda tem significado.

-Mas então que sou eu se só para mim significa o nada que não significa nada para mais ninguém? Talvez um pedaço do nada que pigmenta todos meus ditos.

Estranhamente foi a melhor descrição de nada, sobre alguém que não é nada, que alguma vez vi.

[Poema] Sonho...


Sonho...

Existe um perpétuo sonho em mim,
Um sonho que nunca termina,
Um sonho de que não procuro fim
Que tudo de todos em si confina
Como se, nesta vida, simplesmente,
Tudo fosse ficção, tudo fosse irreal,
Como que, estranha e estupidamente,
Me sentisse diferente, fosse ser imortal.

Morri como quem morre, ressuscitei,
O sonho continua mesmo em mim,
Um sonho que sempre conservarei
De ser tudo, de deixar de ser assim,
Lutar como quem luta, inexperiente,
Uma luta que dura para toda uma vida,
Lutar como quem sofre e sente
O som de cada própria batida.

Amei, esqueci e voltei a amar
Sem saber, de amor, o significado,
Chorei, sorri e voltei a chorar
Sem nunca mudar o meu estado,
Fui um bebé neste meu trilho,
Um adulto no trilho que sonhei,
Cuidei do sonho como um filho
Um filho que nunca criei.

Mas, sem sonhos, eu que seria?!
Seria alguém sem trilho, perdido,
Perdido numa qualquer ideologia,
Uma ideologia rasca sem sentido
Sentido em que nunca teria pensado,
Seria alguém sem ser ninguém,
Seria ninguém sem nunca ser amado,
Seria a pessoa que, a mim, não convém.

Se calhar sou mesmo essa pessoa,
Uma pessoa que sonha poder sonhar,
À deriva numa qualquer escrita à toa
Sem o meritório trabalho de pensar,
Alguém moldado pela sociedade
À medida da repugnância, alguém inútil,
Alguém sem uma própria verdade,
Mais um com pensamento fútil.